domingo, 14 de outubro de 2012

Asembleia Municipal de 11 de Outubro de 2012

Realizou-se na passada quinta-feira, a Assembleia Municipal das Caldas da Rainha, destinada a discutir e votar uma proposta do presidente da câmara, sobre a agregação de algumas freguesias. Dos assuntos discutidos, alguns foram delirantes e de ir às lágrimas, tantas asneiras foram ditas por alguns "ditos" deputados municipais. Foi dada a palavra ao proponente para defender a sua proposta, bem como para explicar as razões dessa mesma proposta. Falou o dito durante 37m, ao longo dos quais se limitou a atirar areia para os olhos das pessoas presentes, dizendo muitas e muitas vezes duas coisas distintas:
- Esta proposta foi apresentada por mim e depois ratificada pelos vereadores do psd;
- Se esta proposta não for aceite, o concelho perderá 6 freguesias, escolhidas aleatoriamente pela Unidade Técnica, ao contrário das 4 que perderá se a mesma for votada favoravelmente.
Muitas intervenções, muitos comentários e acusações, muitas faltas de educação do presidente da câmara, muitos membros que apenas estiveram presentes para ganharem mais uns tostões sem fazerem nada, enfim "uma verdadeira palhaçada".
Perguntar-me-ão o porquê destes termos.
Simplesmente porque vi elementos eleitos por nós, fazerem o que o partido manda, e nada fazerem para defender os interesses de quem os elegeu. Houve muito blá, blá, blá e conversa da treta, percebendo qualquer presente que a maioria tinha preparado antecipadamente esta reunião, tal era a unânimidade das intervenções.
Esgrimiram-se argumentos, uma vez que havia também uma proposta do ps que propunha manter as actuais 16 freguesias, muitos dos quais completamente desajustados da realidade e da vontade das populações das freguesias a extinguir. Devo referir que TODAS as Assembleias de Freguesia votaram contra a agregação. No entanto, com as excepções dos Presidentes das Juntas de Nª Sra. do Pópulo, Couto, Salir do Porto, Alvorninha e Serra do Bouro, os seus presidentes votaram a favor da proposta de agregação, contrariando assim a vontade de quem democraticamente os elegeu.
Acabou por vencer a proposta do presidente da câmara, ou seja: Nª Sra. do Pópulo fica com o Couto e S. Gregório, Tornada com Salir do Porto e Santo Onofre com a Serra do Bouro.
Antes de terminar esta pequena crítica, não podia deixar de apontar duas situações completamente irrealistas:
- Como havia 2 propostas, o presidente da mesa fez a votação em alternativa (votação em que, de acordo com a lei, os votantes devem votar numa ou noutra proposta), permitindo a abstenção, o que é completamente uma violação da lei vigente;
- Ao longo de toda a sessão não houve um único instante de silêncio, o que é para mim uma demonstração de falta de respeito, não só para com os membros da mesa mas também para com o público presente.
Carlos Gaspar

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Portugal dos Pequeninos

"Jornal das Caldas
03/05/2012
1ª Página
Criada nas Caldas Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso
Foi criada nas Caldas da Rainha uma associação que tem por objectivo defender a salvaguarda dos direitos dos reclusos enquanto cumprem penas de prisão e ajudar à sua reintegração na sociedade após a libertação

A actividade da APAR - Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso “não é discutir penas ou condenações e, muito menos, desvalorizar condutas criminosas”, esclarece Eduardo Fonseca, vogal da Direcção. De acordo com os estatutos, a associação “pugnará pelo cumprimento integral da lei que rege a execução das penas ciente de que um presidiário não deixa de ser uma pessoa com todos os seus direitos, excepto o da liberdade”.

A APAR é uma “organização sem fins lucrativos e sem qualquer fim político, racial, religioso ou filosófico” e procura “colaborar com os reclusos em Portugal, independentemente da sua nacionalidade, e com os portugueses detidos em prisões estrangeiras, na obtenção de apoios jurídico, social e familiar”.

A escolha das Caldas da Rainha deveu-se à localização geográfica no centro do país – permitindo uma maior aproximação a todos os estabelecimentos prisionais – e o apoio da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de Alvorninha, que cederam o espaço para a sua sede e manifestaram interesse “pela problemática dos Direitos Humanos”.

A sede é a antiga escola primária da Moita, em Alvorninha, que estava desactivada.

A tomada de posse dos corpos directivos da APAR decorreu no dia 28 de Abril, no salão nobre da Câmara Municipal. Jorge Antunes é o presidente, Teresa Martins a vice-presidente, Vítor Ilharco o secretário-geral, António Aguiar o tesoureiro e Eduardo Fonseca, Luís Maia e Luzete Bandeira são vogais.

Francisco Coutinho é o presidente da assembleia geral, tendo como vice-presidente Vanda Abreu e secretária Cremilde Pinto.

O Conselho Fiscal é presidido por Diniz Silva e tem como vogais João Rosa e Paulo Pinto, enquanto que do Conselho Consultivo fazem parte Anabela Costa, Carlos Peralta, Carlos Poiares, Carlos Rato, Domingos Matos, Francisco Raposo Ferreira, Hernâni Carvalho, Humberto Pereira, Isabel Ferreira, João Craveiro, João Peres, Luís do Paço, Paulo Machado, Paulo Sargento, Quintino Aires, Rodolfo Pereira, Rui Verde, Rui Vila, Vítor Costa e Vítor Gaspar.

Francisco Gomes"

Fiquei deveras “emocionado” com a criação desta associação, que até teve direito a tomada de posse no Salão Nobre da Câmara Municipal. Finalmente existe uma associação que, tem como objectivos, “defender a salvaguarda dos direitos dos reclusos enquanto cumprem penas de prisão e ajudar à sua reintegração na sociedade após a libertação”. Quais reclusos? Os que mataram? burlaram? violaram? Só podem estar a brincar comigo quando têm na sua direcção um BURLÃO profissional. Que tal se as pessoas como eu se juntassem e criássemos a APAL? ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA PARA A DEFESA DO LESADO? Será que podemos contar com figuras tão proeminentes como as que fazem parte desta?

sábado, 31 de março de 2012

Largo Dr. José Barbosa




Março de 2012
Quanto mais avançámos no tempo, mas regredimos no respeito e na educação, visíveis na confusão do trânsito neste local emblemático desta cidade. O calcetamento do Largo, deveria ter impedido a circulação e o estacionamento do trânsito automóvel . No entanto, como se pode comprovar, sucede exactamente o contrário. Haja alguém responsável por este tipo de infracções que faça cumprir a lei, já que por estas e por outras os passeios desta cidade estão em péssimo estado.

sexta-feira, 30 de março de 2012

A Democracia do "faz o que eu mando, mas não faças o que eu faço"

27 de Março de 2012 - Parque D. Carlos I - 15h24m
Uma vez que achei incorrecta a forma como era feito o patrulhamento no parque, e como cidadão atento aos problemas desta cidade, decidi enviar o seguinte mail ao Comando Distrital de Leiria da PSP:

-----Mensagem original-----
De: Carlos Manuel Gaspar dos Santos [mailto:carlosgaspar1954@sapo.pt]
Enviada: terça-feira, 27 de Março de 2012 20:52
Para: CD LEIRIA
Assunto: Fwd: Parque D. Carlos I - Caldas da Rainha

Exmos. Senhores:

Uma vez que a esquadra de Caldas da Rainha não tem e-mail, venho por este meio enviar-vos uma foto tirada esta tarde no nosso Parque, onde dois agentes da v/ corporação, se passearam, de carro conforme se prova pela foto,  pelas várias ruas existentes neste espaço.
Uma vez que é proibida toda e qualquer circulação de veículos no interior do parque, que moralidade poderá ter a PSP para fazer cumprir essa proibição, quando dois dos seus agentes se "pavonearam" dentro duma viatura da Instituição?
Uma vez que não creio que o tenham feito com conhecimento dos seus superiores, solicito a V. Exas. que actuem dentro daquilo a que nos habituaram, com correcção e isenção.

Atentamente
Carlos Gaspar

http://carlosgaspar.blogspot.com

http://maravilhasdascaldasdarainha.blogspot.com

http://maravilhascaldasdarainha.blogs.sapo.pt

http://portugalnoquintomundo.blogs.sapo.pt

Para que vejam e analisem, junto envio a resposta que recebi, não podendo no entanto deixar de estranhar a "indelicadeza" do autor da mesma, ao não me tratar pelo meu nome mas sim por "caro Cidadão", bem como ao referir-se à minha crítica como se eu fosse contra ao policiamento no parque sendo-o apenas quando o mesmo é feito de carro. "Não obstante a sua crítica,  que entendemos claramente destrutiva, os agentes policiais, no âmbito da sua missão, continuarão a exercer o policiamento adequado naquele espaço, através do patrulhamento apeado ou auto, conforme lhes for superiormente determinado e de acordo com a disponibilidade dos meios da Divisão Policial  de Caldas da Rainha".
Para que conste, eis a resposta:

Of. n.º98/GAC/2012
Proc. GAC/INF.
29-MARÇO-2012

Boa tarde caro Cidadão.

Considerando a sua exposição encarrega-me o Sr. Comandante Distrital em Substituição, da PSP de Leiria de informar o seguinte:

1 - O Parque D. Carlos I é administrado e gerido pelo CHON.

2 - Devido a dificuldades económicas e financeiras e no seguimento da política de redução de custos, aquela instituição decidiu reduzir o número de elementos da empresa de segurança privada contratada para a vigilância do Parque.

3 - Ao ser tomada esta medida originou-se uma maior insegurança aos frequentadores do parque, constatando a PSP de Caldas da Rainha que nos últimos tempos vários ilícitos (vandalismos, furtos e ameaças) ali têm ocorrido, praticados por marginais e grupos de jovens desocupados, mormente, contra idosos.

4 - Considerando que estas situações preocupam a Divisão Policial de Caldas da Rainha, levou-se em conta que fossem tomadas medidas para garantir a segurança no Parque na sua abrangência geral, prevenir e reprimir incivilidades, vandalismos e todo o tipo de crimes que ali são praticados.

5 - Igual preocupação foi manifestada pela Administração do CHON que através do Ofício remetido à Divisão Policial de Caldas da Rainha  veio solicitar uma maior frequência e regularidade no policiamento ao Parque como  forma de travar o avanço da marginalidade e do crime e privilegiar o bem estar dos transeuntes e frequentadores daquele espaço.

6 - Não obstante a sua crítica,  que entendemos claramente destrutiva, os agentes policiais, no âmbito da sua missão, continuarão a exercer o policiamento adequado naquele espaço, através do patrulhamento apeado ou auto, conforme lhes for superiormente determinado e de acordo com a disponibilidade dos meios da Divisão Policial  de Caldas da Rainha.

7 - Por último resta referir que o acesso ao Parque não está nem nunca esteve interdito a viaturas policiais.

Esta é a informação do Comando Distrital da PSP de Leiria.

Com os melhores cumprimentos


O CHEFE DO GAC/NIRP

(Luís A. S. Matias)
Téc. Sup. Princ.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Melancolias

Entrámos em 2012 e cada vez mais me sinto mais nostálgico e mais saudoso do passado. É difícil descrever este sentimento que sinto, mas ele é essencialmente devido ás coisas menos boas que diariamente se vão fazendo sentir. É a falta de educação, a falta de respeito, a falta de responsabilidade e, principalmente, a falta de perspectivas para o futuro. E não estou a falar do mundo, restrinjo-me apenas á minha cidade. Quando recuo para a minha infância e juventude, e vejo que houve um retrocesso evolutivo, não posso calar a minha revolta e indignação, contra todos aqueles que foram e são responsáveis por esta situação. Uma cidade que nos anos 60 e 70 era, em termos de projecção, o maior centro termal, o maior parque industrial de cerâmica, um dos maiores centros turísticos do País entre muitas outras coisas, é hoje o quê? Uma cidade sem indústria cerâmica, sem termas, sem turistas, mas com estudantes?, paredes sujas, casas fechadas e a cair, urbanizações inacabadas, lixo por todo o lado. Para além disso vemos a cada dia, encerrarem estabelecimentos e acabarem profissões, como por exemplo: Livraria 107, Drogaria Mimosa e Casa Jaime Neto, latoeiro, funileiro e amolador. É ou não de uma pessoa se sentir desiludida e desgostosa, por ver que a sua cidade, foi das primeiras do País durante vários séculos, e hoje nada mais é que um feudo de alguns que, pura e simplesmente, a destituíram a reles, suja e feia, cidadezinha de província?